Imagem do google - Maurício de Sousa - Turma da Mônica |
Ao Álvaro,
Tornar-se adulto, aos moldes dos ditames sociais, é perder grande parte da alegria e liberdade de que nossas almas carecem. No adulto são incutidos medos, cismas, restrições e toda sorte de preconceitos, enquanto que a criança passeia pelos mais variados campos do seu imaginário, sempre livre e feliz.
"Madiiiinhaaa, vamos no poço dos desejos??!"
Eu fui. E fui não como a adulta moldada pelos padrões, que enxerga apenas construções de cimento e aço, plantas ornamentais e frutíferas, sol escaldante. Fui como quem quer ser levada ao poço dos desejos por uma pequena mão de criança. Uma borboleta que se deixa levar pelo vento... Eu fui!
Chegando ao poço dos desejos, juntamos nossos dedos indicadores e desejamos. Cada um com a sua força interior e ele com mais pureza que eu. Enquanto eu silenciava, tentando me afastar dos barulhos da alegria alheia, para assim acriançar-me mais, ele pedia, em balbucios, mais doces, bombons e a aparição de um duende.
Que mais eu podia querer também?? Ficamos ali, alguns minutos, absortos na magia daquele poço descoberto pelos olhos desnudos de criança, esperando que o duende viesse nos acenar. Ficamos mais... E nada. Fazia muito barulho ao redor e o duende devia ter ido para outros poços, de desejos mais profundos.
Saí de lá mais magia que matéria; mais "madinha" que humana; mais menina ... E aquele menino sabe que, às vezes, preciso ser um tanto daquela outra, mas ele pega minha mão e corremos sem pressa, nem regras. Aquele menino sabe mais de magias e seres imaginários que as ideias adultas possam compreender.
Eu sou feliz com essa criança que sou. Eu sou feliz pela criança que ele é.
Pók Ribeiro
Eu sou feliz com essa criança que sou. Eu sou feliz pela criança que ele é.
Pók Ribeiro
Madinha de Alvrinho
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