Como você me pinta,
nem me toca;
Você não tem a tinta exata
da minha medida.
O que de mim você palavreia
nem me acorda;
Você não sabe o sangue que
derrama do meu versejar.
São tintas suas,
De um verso teu,
Que nunca
Bebeu do néctar que leveda
em minha alma.
É das minhas vísceras
que nascem singelos traços,
do amargo dormente, que
me anila
e
ruboriza,
do centro aos pés.
Eu sou toda marca em sangue
que me escapa,
Todo contorcionismo doloroso
que me expurga o riso,
Toda analgesia cronológica
que me devolve os versos.
Eu sou um eu de mim.
Pók Ribeiro
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