Da manhã,
Teimando sempre em
Refazer a direção.
Brotou, serena, no grito rouco
Da dor penitente,
Que não se acanha e faz demora.
Resistiu!
A poesia não pediu licença!
A poesia diz
Numa objetividade de causar inveja
A qualquer prosa abalizada.
Não silenciou!
A poesia não eufemizou a ferida!
Despiu-lhe a casca,
Sem meia luz,
Ou verdades metades.
Sentiu na carne de seus versos vivos!
E ela rebrota, em cada fenda dos muros,
No mais ínfimo espaço entre retas,
Tangendo as moscas,
Refutando as névoas
Que pairam inóspitas
Sobre os versos em transe!
A poesia grita!!
E eu sou a poesia!
Pók Ribeiro
Pók Ribeiro
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