Renegada ao relento,
Entregue a esse escuro presunçoso,
Reparo que, no corpo banhado, há mais
De espaços que o infinito.
Releio nele cada verso em braile
E os espasmos semióticos
Reforçam o vago que teima
Em (re)marcar a pele em tição!
Recrio o plainar das asas
Sobre o cálido rio de nós;
Remodelo o ninho revestido em vidro,
Refaço cada tatear,
Repinto em cada linha o olhar.
E o ritual amnésico não se completa,
Ante todos os sussurros que se repetem pela casa,
E os cheiros impregnados na parede descascada,
E as mãos que de longe repicam os acordes
De cada pelo em êxtase,
E a dimensão da boca...
Recolho os escuros, os espaços e voo
Para entregar-te todos os versos,
Os lábios,
As mãos,
Os olhos multicores!
Pók
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