quinta-feira, 26 de junho de 2014

Vidráticos

(Imagem do google images)
Das luzes que piscavam,
Incessante balançar de cores,
Bambolear de pernas,
Nasce a sinestesia de um
Olhar de vidro que se espalha
Em brasa derretida pela pele.
E do toque, perdido, no balançar
Da noite,
Brota, ainda, um segredo rouco
Que da língua se derrama
E vai,
Pelos labirintos...
Serpenteando os sabores
Bicromáticos das peles que se enroscam.
E o que já é, sem nem saber,
Sabe bem o que será!
Que brotem os vagalumes juninos
Em nosso quintal!

Erika Pók Ribeiro


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