quarta-feira, 6 de julho de 2011

No meio do mato





No meio do mato

Criei-me no mato, entre os galhos torcidos do sertão,
Cheirando os aromas inigualáveis do alecrim, cambará, pereira,
Contemplando as cores que o cinza da seca camufla,
mas que basta o sereno
de março pra lhes avivar;
Nasci no mato, na caatinga aprendi a caminhar;

Conheços as veredas, atalhos e , portanto,
sei livrar meus calcanhares dos espinhos;

Não me impeçam de voar!
As asas que a lambu me deu, assim como as magias que já vivi,
ninguém me toma.
Não há cerca que me impeça de trilhar os caminhos que escolhi.

Farei novas rotas, se preciso.
Se as cabras sempre mudam o trilhar e não se perdem,
por que eu me perderia?

Erika Ribeiro

2 comentários:

  1. Essas coisas no mato são sempre instigantes hihi opsss comentário infeliz?? ok ok + 1 chance:

    Sempre bom ter alguém que descreve em tom de poesia os "caminhos trilhados pela vida". Sucesso a ti!

    Marilia Gabriella ;)

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  2. Muito lindo, me identifiquei bastante !!!! bjos Erika!!! Renata Araujo

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