(Foto: Heitor de Santana Rodrigues) |
Havia muita gente em movimento,
Indagações que não sabiam onde estar
E bagunçavam toda minha sala de ser...
Não deu mais,
E fui-me embora de mim.
As chaves, deixei sob a porta,
Das certezas carreguei só as marcas.
Era um domingo em azul,
O vento cuidou das passagens
E, da ponte,
Eu vi os cabelos de Nossa Senhora da Rapadura,
Arrastarem minhas bagagens.
E eu voei.
De mais alto,
Apenas contemplei os cachos de sol
Da menina estrela.
Lá daquele azul, fui puxada
Por uma vontade sem nome,
Sem dono,
Sem grade,
De vidrar aqueles olhos de anu-preto.
Erika Pók Ribeiro
Olhos de anu preto...sei...
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