quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Desmanche



(Imagem google)
Neste badalar sentencioso,
Nada mais resta...
É preciso (des)ser!
Abandonar o velho All Star
Que tão bem caminhava,
Sem questionar direção.

É urgente (des)gostar,

Na intensidade mesma
Com que se gosta.
E da palavra criada,
Guardar, em baú lírico,
Apenas o que de bom
Construiu-se em braços entrelaçados.

É preciso que se vá!
Sem chaves,
Nem portas!
É preciso ir,
Porque o que ainda vive
Também irá.

É vital desfazer-se das marcas,
Dos cheiros,
Das falas...

E deixar ir,
E permite-se não ficar!

Erika Pók

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