Do verso ébrio que rompeu Na manhã distante; Das mãos brincantes que se tocaram Sem perceber; Do olhar furtivo que muito conta Sem dizer, Fez-se a poesia que latejava na noite morna, E dela, amanheceu impregnado teu perfume E tuas mãos em minha pele.
Indefinir-se é a forma mais ampla de poesia!
Eu sou o que não sou e o que quero ser!
Se queres alma em versos, entre, beba todos eles, mas não esconda ou renegue a fonte!
Trago dentro do meu coração
Como um cofre que não pode fechar
de cheio,
Todos os lugares onde estive.
Todos os pontos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
(Álvaro de Campos - heterônimo de Fernando Pessoa)
Massa Érika... gostei de tudo!!!
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