sábado, 15 de outubro de 2011

Poema II


Fundo falso


Não tente me conhecer pela imagem que teus olhos miram;
Ora, não creias em miragens!
Não tente me decifrar pelos versos que finjo criar,
e tu, finge interpretar ao pé da letra!
Não tenho pés...nem meus versos.
Eles alojam-se entre as linhas forçadamente retas
e eu escondo, ou mostro-me, entre tantas personalidades
fingidamente certas!
Não queira encontrar-me em vitrines, estandartes;
Meus sonhos não cabem em espaços finitos e,
Minha alma, em combustão eterna, não se fixa
a nada,
a ninguém!
Não desperdice os rótulos do  teu mundo rotô
tentando identificar-me!
O que sou está nas minhas entranhas,
nas crateras mornas dos meus eus,
no obscuro e resplandecente recôndito de minh'alma.
Sem pernas, sem pés, sem marcas!


Erika Ribeiro

2 comentários:

  1. Realmente retô era a palavra ideal! Xuxu beleza!

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  2. Lindo poema minha ara amiga!
    compartilhei na minha página no Face!
    Lindo final de semana a ti!

    beijos.

    daufen bach.

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