quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Não é mais preciso navegar...Neologismar, sim!



Trecho da crônica publicada na Revista Biografia.


Não admitia a existência real do amor. Durante toda a vida, ele não passara de um substantivo mais que abstrato. Não se tratava de oposicionismo prosaico, mas é que o amor lhe parecia demais grileiro, e, seu íntimo estava mais para as revoluções que para os latifúndios. 



Por anos a fio, vivera sem o amor; ele não lhe faltava. Em suas caixas coloridas e gavetas em ordem, não havia espaço para o amor. Nos mapas de fuga, espaço além, também não havia lugar para ele. Sua mochila era extremamente compacta.  Até seus versos, néctar mais puro daquela alma menina, não conheciam o amor; dele nada diziam.


(...)

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